Luta por medicamento grátis para na Justiça
Mãe gasta R$1.200 por mês enquanto tenta receber remédios garantidos por lei a diabéticos
Ricardo VasconcelosEspecial para O Super
A luta se arrasta há mais de um ano e a dentista Adriana Sôlha, de 45 anos, não consegue obter os medicamentos usados no tratamento da diabetes tipo 1, doença que leva à destruição permanente das células que produzem insulina.
O drama teve início em março de 2008, quando Adriana descobriu a doença da filha e começou a tentar receber os remédios da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Para garantir o tratamento da estudante Ana Paula Sôlha Silva Guimarães, de 11 anos, a mãe tira do próprio bolso cerca de R$ 1.200 por mês.
A dentista entrou na justiça para garantir o direito, previsto na Lei Estadual nº 14533, de 28/12/2002, "que institui política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença em Minas".
BurocraciaApós o diagnóstico, Adriana disse que demorou quase sete meses para juntar a documentação, que inclui relatórios médicos que confirmam a doença e a necessidade dos remédios usados no tratamento.
Em setembro do ano passado, ela deu entrada com o processo no posto de saúde do bairro União, que repassou a documentação à Secretaria Municipal de Saúde. "Juntei toda a documentação e, até agora, não consegui nada.
Enfrentei muita burocracia e não vou abrir mão do direito que tenho de receber o que é garantido por lei", diz Adriana, que aguarda uma decisão da Justiça. "Enquanto continuar gastando com o tratamento, vou deixar de dar uma qualidade de vida melhor para a minha filha. Imagina o que deve passar quem não pode pagar nem pelos medicamentos?", questiona.
Lei prevê assistência Em dezembro de 2002, o então governador Itamar Franco editou a Lei Estadual nº 14.533, "que institui a política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença em Minas".
Desde então, as prefeituras municipais são obrigadas a repassar aos pacientes, por meio do governo Estadual, a insulina e os instrumentos usados no controle do diabetes, como agulhas, as fitas e o glicosímetro, usados para controlar a glicose, além das lancetas, objetos cortantes para furar os dedos e retirar o sangue.
Além disso, a Lei também determina "o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o enfrentamento e o controle do diabetes, assim como à formação permanente dos profissionais da rede de serviços de saúde, envolvidos no atendimento aos diabéticos".
Doença não espera.Desde que descobriu a doença da filha, a dentista Adriana Sôlha teve que se adaptar a um novo estilo de vida, que inclui muito sofrimento e bastante paciência com a adolescente Ana Paula Sôlha Silva Guimarães, de 11 anos. "A alimentação precisa de cuidados e eu ainda tenho que monitorar a glicose dela durante oito vezes ao dia.
Tudo isso leva a um desgaste psicológico muito grande", explica Adriana.
É com esperança de diminuir esse sofrimento que a mulher tenta, desde o ano passado, conseguir os medicamentos para a filha. "Infelizmente, quando tentei participar do programa de diabéticos, constatei o quanto o sistema é frágil, inadequado e lento", reclama, dizendo que em um ano conseguiu apenas três caixas de insulina para aplicar na filha. "E continuo devendo alguns papéis de exame e ainda tenho que escutar desculpas de que a licitação dificulta a entrega dos medicamentos.
O que as autoridades de saúde não entendem é que o diabetes não espera, não tira férias, não aguarda ordens judiciais, não perdoa. Se não for bem monitorada provoca sequelas graves irreversíveis, mata", dispara.
Publicado em: 08/04/2009
Descobri que minha filha Glayce de 23 anos tem Diabetes há apenas três semanas. Tudo está sendo muito difícil pois nossa rotina mudou completamente. Gostaria de mais informações sobre essa doença pois tenho muitas dúvidas como por exemplo:O tempo para que a glicose baixe sem maiores danos pois ela faz tatamento com a Lantus há uma semana e não vejo resultado satisfatório.
ResponderExcluirOi Lene, que bom que vc nos visitou! Deus te abençõe e abençõe toda a sua família!
ResponderExcluirOlha é normal toda essa preocupação uma vez que tudo novo assusta, mas tudo isso tem jeito e daqui a pouco todos vcs vão estar mais tranquilos e administrando melhor e com mais segurança este problema.
É normal esse período de instabilidade, mas a lantus é ótima, com a Ana Paula também foi assim e hj ela esta com 13 anos e leva uma vida normal viu?
No topo do blog tem o endereço do site do Dr. Levimar, um exelente médico, considerado o papa na área e ele poderá responder todassss as suas dúvidas, é só escrever para ele ok? Aqui nesse blog ja estamos combinados para enviar a vcs a ele ok? www.diabetes.med.br
Um grande abraço!