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Este blog tem como objetivo assessorar a todos aqueles que tem a diabetes tipo I

Este blog tem como objetivo assessorar a todos aqueles que tem a diabetes tipo I

Este blog nasceu em prol do direito dos Diabéticos tipo I.
Aqui você vai conhecer a história de uma mãe como tantas outras, que luta pelos direitos da filha .
Adriana Sôlha é mãe da menina Ana Paula de 11 anos que contraiu a diabetes em março de 2008. Além da constante luta em manter controlada a glicose da menina, ela gastava R$1.200,00 por mês em medicamentos. Desde que descobriu a doença da filha, Adriana tentava receber os medicamentos necessários para o tratamento pela Secretaria de Saúde de Belo Horizonte e por diversas vezes esteve no Centro de Saúde próximo a sua casa . Sem obter sucesso resolveu procurar a justiça porque, a lei Número 14533, de 28/12/2002 que instituiu a política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença em Minas Gerais, não estava sendo honrada! Após muito empenho, tempo , dedicação e um grande apoio da mídia, Adriana conseguiu tudo que necessitava para o justo tratamento gratuito de Ana Paula.
Se você também tem uma história igual ou parecida com esta ou está a procura de apoio, deixe aqui seu depoimento e ele será publicado neste Blog. Vamos lutar juntos!





Ana Paula e Adriana Sôlha, Juntas vamos mudar esta história!!!

História de Ana Paula

História de Ana Paula

Em Março de 2008 próximo de completar seus 11 anos, Ana Paula começou a sentir algumas alterações de humor, apetite ,muitas as idas ao banheiro, sede , visão alterada e muito desanimo ! Seu temperamento alegre passou a se mais pacato e sonolento e em uma só semana emagreceu 7 kg, o que despertou atenção de seus pais ,principalmente seu pai que é Médico e nunca imaginou passar por esta situação. Seus pais a levaram ao médico e na consulta seguida de vários exames , descobriu a Diabetes!
Naquele dia ela estava no Colégio onde estuda e de lá mesmo com os exames em mãos foi levada para o Hospital Felício Roxo em Belo Horizonte -Minas Gerais. Foi um grande choque para toda família, inclusive para seus pais profissionais da área de saúde!
Como dizia Dr Marco Túlio pai de Ana Paula : "Nunca imaginei de passar por uma situação dessas, porque hoje estou aqui como pai e não como doutor e é muito diferente ".
Ana Paula passou aquela noite no ambulatório do Hospital Particular Felício Rocho e por falta de leito foi transferida para o CTI do Hospital Vila Da Serra onde, foi medicada e ficou internada por dois dias!
Após ser liberada uma nova fase começou , adaptações , controles , todo um aprendizado para conviver com o novo estilo de vida!
Adriana Sôlha sua mãe sempre muito empenhada parou de trabalhar a princípio para estar ao lado da filha. Um início de muita luta ,mas de muito incentivo a filha e muita vitória! Hoje após um ano de luta Ana Paula vive como qualquer criança , porém necessita de alguns cuidados que ela mesma é capaz de administra-los .
Ana Paula desde o início recebeu todo apoio dos pais e o maior exemplo disso é que hoje em sua família todos se tornaram atletas, fazem controle alimentar com nutricionista e levam uma vida muito mais saudável! Segundo sua mãe Adriana Sôlha " A doença adquirida por minha filha mudou as nossas vidas mas, com certeza hoje somos muito mais saudáveis!O importante nisso é acreditar que dentro de cada um de nós existe um Deus que nos capacitou a acreditar que podemos superar as dificuldades e fazer dela uma vitória"!
Ana Paula foi e continua sendo uma menina muito alegre, super risonha e dócil e que nunca desistiu de ser feliz! Acredite você também e nunca deixe de lutar pelos seus direitos e ser feliz!

Ana Paula e Adriana Sôlha sua mãe

Ana Paula e Adriana Sôlha sua mãe

O QUE É DIABETES TIPO I

O QUE É DIABETES TIPO I

O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune
caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina.
Isso acontece por engano porque, o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tiróide. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudáveis.
As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração. Por isso é preciso o controle da alimentação diária, a contagem dos carboidratos, medir a glicose e tomar a quantidade de insulina necessária , além de um controle médico rigoroso!
Fonte: SBD Sociedade Brasileira de Diabetes



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segunda-feira, 13 de abril de 2009

DICAS PARA FAZER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Melhore seus hábitos alimentares adotando estas dicas no seu dia-a-dia e mantenha uma vida saudável e boa qualidade de vida.
Coma quatro ou cinco vezes por dia: Fazendo quatro ou cinco refeições leves e equilibradas você leva o organismo a utilizar mais facilmente o seu combustível de reserva, que são as gorduras, além de conseguir controlar melhor seu apetite e vontade de beliscar alimentos desnecessários.
Coma a intervalos regulares: O ideal é fazer uma refeição a cada três horas.
Se isso não for possível, estabeleça intervalos de no máximo 4 horas entre as refeições.
Uma vez fixados esses horários, há uma tolerância de meia hora, contanto que sejam obedecidos os intervalos mínimo e máximo. Fazendo o número previsto de refeições, a intervalos regulares, você evitará a hipoglicemia (queda no nível de açúcar no sangue) e reduzirá a chance de ter uma fome sem controle dos alimentos a serem ingeridos.
Coma sempre nos mesmos horários: Programe os horários das refeições de modo que possa cumpri-los e faça todo o possível para cumpri-los de fato.
Alimentando-se sistematicamente nos mesmos horários, seu organismo se acostumará ao novo ritmo e ficará condicionado a esperar a comida somente nestes horários.
Se você acordar mais tarde, perdendo a hora do café da manhã, faça essa refeição na hora do lanche e mantenha as outras refeições conforme o programado.
Coma devagar e preste atenção ao que come: Observe primeiro o que irá comer.
Mastigue bem, e lentamente, para sentir a textura e o sabor de cada alimento, experimentando o prazer de saborear o que come.
Ao se alimentar dessa forma, seu cérebro receberá maior número de informações, que contribuirão para acionar o centro da saciedade, levando sua fome a ser satisfeita com menores quantidades de alimento.
Separe o ato de comer das outras atividades, como ler, assistir televisão, pois estas atividades interferem recepção destas informações.
Respeite a quantidade e a qualidade dos alimentos permitidos: Como dito anteriormente, os alimentos devem ser ingeridos em quantidade e qualidade adequadas para suprir todas as necessidades nutricionais sem excesso de calorias.
Cada indivíduo precisa de um plano alimentar específico.-Evite a monotonia: Um erro comum e desastroso é repetir sempre os mesmos alimentos, pois a monotonia na alimentação faz com que o plano alimentar seja abandonado.
Varie bastante dentre os alimentos de cada grupo.
Invente novos pratos. Capriche na arrumação da mesa.
Torne o momento da refeição um prazer.
Beba bastante líquido: beba bastante água filtrada, mineral (sem gás) e sucos naturais (sem açúcar) para hidratar-se.
Evite o consumo de café, refrigerantes e sucos industrializados.
Não adote dietas radicais: Você não vai agüentar por muito tempo e voltará rapidamente para antigos e maus hábitos alimentares. Além disso, a grande perda de peso em curto período de tempo é prejudicial ao metabolismo do organismo, pois a grande perda de massa magra, com conseqüente redução do gasto energético total, o que leva possivelmente ao aumento de massa gordurosa após a dieta restritiva.
Evite ter na despensa alimentos calóricos e pobres em nutrientes saudáveis: Assim você se protege do risco de um ataque surpresa na hora de fome.
Deixe sempre na gaveta do escritório barra de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades), ou se possível, uma fruta ou iogurte natural: deste modo, quando a fome bater, terá algo saudável para comer.
Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.
Evite o uso de óleos e temperos industrializados para temperar as saladas: se quiser pode usar um fio de azeite, mas abuse mesmo dos temperos aromáticos como orégano, manjericão, cheiro verde, louro, pois deixarão a salada mais saborosa.
Use também vinagre ou suco de limão (melhor que o vinagre, pois é rico em vitamina C).
As preparações com molhos branco, quatro queijos, bolonhesa, ou ainda, com mussarela e presunto devem ser evitados, pois são muito calóricos.
Dê preferência ao molho “ao sugo” e use os temperos aromáticos para deixar os pratos mais saborosos.
Bebidas energéticas devem ser evitadas.
Mesmo os indivíduos que praticam atividade física regular não possuem necessidades energéticas ou de minerais para ingestão destes produtos.
A água ainda é o melhor hidratante.
Utilize adoçante nos sucos e no cafezinho, ao invés de açúcar.
Dê preferência às carnes magras e sem gordura visível: pois possuem menos gordura e menos calóricas como peixe, frango (partes magras e sem pele), peru, patinho, contra-filé.
O modo de prepará-las também é importante: cozidas, grelhadas ou assadas.
Evite enlatados, temperos industrializados, apresuntados e defumados: eles são ricos em sódio e perigosos para pessoas com predisposição a pressão alta.
Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados: são muitos mais gordurosos que os queijos brancos (minas, frescal, ricota e cottage).
Bebidas alcoólicas são calóricas: Consuma esporadicamente e em pequena quantidade (deixe para o fim de semana).
Além disso, evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos que acompanham as bebidas alcoólicas, pois são calóricos e com alto teor de gordura saturada.
Em restaurantes por quilo: Passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros.
Escolha opções de hortaliças, legumes cozidos (sem maionese ou molhos), carne magras, massas sem molhos brancos e com mussarela e presunto ou arroz branco (ou sortido com legumes) e para sobremesa, prefira as frutas.
Em épocas de calor, evite sorvetes de massa: Opte pelo picolé de fruta.
Compras no supermercado: não vá com fome: Isso evitará pegar balas, chocolates e salgadinhos. Não compre alimentos que devem ser evitados. Sempre olhe a informação nutricional presente dos rótulos dos alimentos: calorias, quantidades de carboidratos, gorduras, fibras, sódio.
Cuidado com os produtos light e diet: apesar de apresentarem redução de algum nutriente, nem sempre, esta restrição é em calorias ou gorduras.
Movimente-se: Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!
Substituições mais saudáveis: Experimente o requeijão light, cream cheese light (mesmo estes devem ser usados com moderação), queijo tipo cottage, pois além do valor calórico reduzido, oferecem mais nutrientes como cálcio e proteínas.

*Consultoria: Dr. Josefina Bressan, coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Sociedade Brasileira de Diabetes (2004/2005).

Fonte: Site da Sociedade Brasileira de Diabétes

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SAIBA MAIS SOBRE DIABETES

O diabetes pode ser:
DM tipo 1;
DM tipo 2;
Diabetes gestacional;
Outros tipos específicos.
O diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes e se caracteriza por destruição progressiva das células do pâncreas (células ?) de origem auto-imune, levando a uma deficiência absoluta de insulina.
É por esse fator que o tratamento do DM 1 depende diretamente da reposição desse hormônio diariamente.
Estima-se que 1 em 2500 crianças com idade inferior a cinco anos e 1 em 300 pessoas abaixo de 18 anos são portadoras de diabetes mellitus tipo1 . A prevalência é cerca de 60 vezes maior na Finlândia (42,9 por 100.000 nascimentos/ano) que na China (cerca de 0,7 por 100.000/ ano). No Brasil, estudo epidemiológicos evidenciaram um índice de 3,6/100.000 em São Paulo (SP) e em Londrina (PN), 12,7/100.000 habitantes.
As causas da doença estão associadas a antígenos de histocompatibilidade (HLA), principalmente HLA-DR3 e/ou HLA-DR4. Anticorpos circulantes anti-célula da ilhota foram encontrados em 85 dos pacientes testados quando do diagnóstico.
Especula-se que a destruição das células é desencadeada por infecções (rubéola, cocksakie...) e citocinas liberadas de linfócitos sensibilizados.
3 O quadro é geralmente marcado por aparecimento súbito de poliúria, polidipsia, polifagia, perda aguda de peso, cetose, evoluindo com cetoacidose diabética (CAD).
Cerca de 25 dos pacientes apresentam um episódio de CAD como primeira manifestação da doença.
4 O tratamento deve ser orientado de forma individualizada e exige participação integral de uma equipe multiprofissional, empenho do paciente e auxílio dos familiares. Objetiva-se melhorar os sintomas, controle nutricional, prática de exercícios regulares, prevenção e redução das complicações agudas e crônicas e reeducação do paciente e sua família.
O tratamento adequado é aquele que proporciona todos esses fatores através de um controle da glicemia em níveis ideais, o que reduz os riscos de microangiopatia, retinopatia e nefropatia nesses pacientes, como foi evidenciado no Diabetes and Complications Trial (DCCT), mais importante estudo envolvendo diabéticos tipo 1. Com essas medidas permite-se uma redução da morbi-mortalidade e melhora da qualidade vida do paciente.O diabetes tipo 2 é conhecido também como diabetes do idoso ou do diabetes do obeso. É o tipo mais comum de DM, sendo responsável por 90% dos casos da doença.
Nesse caso, não há destruição do pâncreas, sendo que há presença de insulina porém essa insulina não age de forma adequada. Esse processo é chamado de resistência periférica à insulina aumentada, o que ocasiona a elevação dos níveis glicêmicos e suas complicações. Com isso, no início do tratamento, os pacientes são tratados apenas com dieta, atividade física e hipoglicemiantes orais. Porém, em um estágio mais avançado esse paciente pode também vir a necessitar do uso da insulina. A grande maioria dos pacientes encontram-se acima do peso ideal. Acomete principalmente indivíduos com mais de 40 anos, com predominância no sexo feminino. Existe uma forte relação de hereditariedade, sendo que mais de 20% dos casos têm um dos pais com a doença. Ao contrário do diabetes tipo 1, não há destruição do pâncreas por anticorpos. São fatores de risco para o desenvolvimento de DM tipo 2:
Ter mais de 45 anos;
Ter parentes de primeiro grau diabéticos;
Estar acima do peso (IMC>25kg/m2);
Ser sedentário;
Ter colesterol elevado;
Ter hipertensão arterial sistêmica (HAS);
Ter doença coronariana;
Diabetes gestacional anteriormente na mulher.
As pessoas que sofrem desse tipo de diabetes raramente desenvolvem o coma diabético.
O tratamento envolve educação do paciente, modificações do estilo de vida (atividade física, redução do consumo de álcool e tabaco...), reeducação alimentar e uso de medicamentos, de acordo com caso.
O diabetes, seja de qualquer tipo, deve ser visto como uma nova forma de viver, de gozar a vida com mais prazer, com hábitos de vida mais saudáveis, o mais próximo do normal possível.
O acompanhamento com equipe multiprofissional especializada em diabetes é imprescindível para o sucesso do tratamento.

Fonte: Extraido do Site: http://www.diabetes.med.br/

REPORTAGEM JORNAL SUPER NOTÍCIA 09 DE ABRIL DE 2009

Remédio garantido
Após procurar o Super, dentista consegue medicamento para a filha
Richard Lanza
Voltou a renascer, na tarde de ontem, a esperança da jovem Ana Paula Sôlha Silva Guimarães, de 11 anos, de receber, gratuitamente, todo o kit de medicamentos, previstos em lei, para o tratamento do diabetes tipo 1, doença que destrói as células que produzem a insulina.
Após matéria publicada na edição de ontem do Super, em que a mãe da criança, a dentista Adriana Sôlha, fez um apelo às autoridades municipais e estaduais, o posto de saúde da regional Nordeste disponibilizou seis caixas da insulina Lantus, fundamental no tratamento da doença. "Eram 16h30 quando me telefonaram informando que tinham seis caixas de insulina disponíveis para minha filha. Acho que a matéria publicada no Super foi fundamental para esta conquista", declarou. Apenas com os medicamentos, a dentista tem um gasto mensal de quase R$ 1.200.
De acordo com a Lei Estadual nº 14.533, de 28/12/2002, a estudante deveria receber os medicamentos de graça.
A dentista relatou que a luta pelo kit completo do medicamento dura mais de um ano. "Receber a insulina foi o primeiro passo.
Agora, vou lutar pelo kit completo, previsto em lei", afirmou.
Secretaria respondeEm nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Belo Horizonte informou que a liberação do medicamento é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os remédios são liberados após análise de uma série de documentos e exames que devem ser entregues a um Centro de Saúde de Referência da Família. Só então, o pedido é encaminhado para a Gerência de Atenção à Saúde do respectivo Distrito Sanitário.
Após este procedimento, a solicitação dos medicamentos é entregue à SMS, que faz o cadastro e encaminha os documentos para a SES.
A SMS informou que recebeu a solicitação dos remédios para Ana Paula Sôlha deu em 23 de setembro do ano passado. O pedido foi conferido e encaminhado à Secretaria de Estado de Saúde, no dia 26 de setembro. (RL)
Falta de exames foi obstáculoA assessoria da Secretaria Municipal de Saúde informou, também, que por falta da realização de três exames, a solicitação dos medicamentos de Ana Paula Sôlha foi devolvida ao posto de saúde.
A SMS declarou ainda que a mãe da criança foi informada sobre a necessidade da realização de alguns exames que faltaram ser apresentados.

(RL)Publicado em: 09/04/2009

REPORTAGEM JORNAL SUPER NOTÍCIA 08 DE ABRIL DE 2009

Luta por medicamento grátis para na Justiça
Mãe gasta R$1.200 por mês enquanto tenta receber remédios garantidos por lei a diabéticos
Ricardo Vasconcelos
Especial para O Super
A luta se arrasta há mais de um ano e a dentista Adriana Sôlha, de 45 anos, não consegue obter os medicamentos usados no tratamento da diabetes tipo 1, doença que leva à destruição permanente das células que produzem insulina.
O drama teve início em março de 2008, quando Adriana descobriu a doença da filha e começou a tentar receber os remédios da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Para garantir o tratamento da estudante Ana Paula Sôlha Silva Guimarães, de 11 anos, a mãe tira do próprio bolso cerca de R$ 1.200 por mês.
A dentista entrou na justiça para garantir o direito, previsto na Lei Estadual nº 14533, de 28/12/2002, "que institui política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença em Minas".
BurocraciaApós o diagnóstico, Adriana disse que demorou quase sete meses para juntar a documentação, que inclui relatórios médicos que confirmam a doença e a necessidade dos remédios usados no tratamento.
Em setembro do ano passado, ela deu entrada com o processo no posto de saúde do bairro União, que repassou a documentação à Secretaria Municipal de Saúde. "Juntei toda a documentação e, até agora, não consegui nada.
Enfrentei muita burocracia e não vou abrir mão do direito que tenho de receber o que é garantido por lei", diz Adriana, que aguarda uma decisão da Justiça. "Enquanto continuar gastando com o tratamento, vou deixar de dar uma qualidade de vida melhor para a minha filha. Imagina o que deve passar quem não pode pagar nem pelos medicamentos?", questiona.

Lei prevê assistência Em dezembro de 2002, o então governador Itamar Franco editou a Lei Estadual nº 14.533, "que institui a política estadual de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora da doença em Minas".
Desde então, as prefeituras municipais são obrigadas a repassar aos pacientes, por meio do governo Estadual, a insulina e os instrumentos usados no controle do diabetes, como agulhas, as fitas e o glicosímetro, usados para controlar a glicose, além das lancetas, objetos cortantes para furar os dedos e retirar o sangue.
Além disso, a Lei também determina "o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o enfrentamento e o controle do diabetes, assim como à formação permanente dos profissionais da rede de serviços de saúde, envolvidos no atendimento aos diabéticos".
Doença não espera.Desde que descobriu a doença da filha, a dentista Adriana Sôlha teve que se adaptar a um novo estilo de vida, que inclui muito sofrimento e bastante paciência com a adolescente Ana Paula Sôlha Silva Guimarães, de 11 anos. "A alimentação precisa de cuidados e eu ainda tenho que monitorar a glicose dela durante oito vezes ao dia.
Tudo isso leva a um desgaste psicológico muito grande", explica Adriana.
É com esperança de diminuir esse sofrimento que a mulher tenta, desde o ano passado, conseguir os medicamentos para a filha. "Infelizmente, quando tentei participar do programa de diabéticos, constatei o quanto o sistema é frágil, inadequado e lento", reclama, dizendo que em um ano conseguiu apenas três caixas de insulina para aplicar na filha. "E continuo devendo alguns papéis de exame e ainda tenho que escutar desculpas de que a licitação dificulta a entrega dos medicamentos.
O que as autoridades de saúde não entendem é que o diabetes não espera, não tira férias, não aguarda ordens judiciais, não perdoa. Se não for bem monitorada provoca sequelas graves irreversíveis, mata", dispara.
Publicado em: 08/04/2009